Chego de Brasília e vejo a notícia do ano, um furo de reportagem inagreditável do The New York Times: grupos de agentes da CIA trabalham clandestinamente há semanas na Líbia com objetivo de reunir informações para a realização de ataques aéreos e manter contato com os rebeldes que lutam contra Muamar Kadafi.
Não! Que surpresa! Mais cedo a Agência Reuters havia noticiando que “há duas ou três semanas”, o presidente Barack Obama assinou uma ordem que autoriza o apoio secreto do governo americano às forças rebeldes que tentam derrubar o líder líbio.
Não tem ONU, nem OTAN, nem coisa nenhuma. O ataque internacional à Líbia, independente de qualquer julgamento sobre o Governo líbio, se deu por ordem dos Estados Unidos e, sob o ponto de vista da ordem internacional, sem que tenha havido qualquer ataque do governo líbio a território estrangeiro. Ou seja, não houve violação da ordem internacional e os conflitos se deram ante uma sublevação armada – justa ou não – que conta, além da simpatia dos governos ocidentais, com seu apoio ao menos político-militar, como confirmam as fontes de imprensa independentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário