A visita do presidente norte-americano ao Brasil faz parte de um conjunto de estratégias de Washington para tentar reverter o cenário de crise vivido pelos Estados Unidos hoje. Muitos dólares estão sendo gastos para tentar resgatar a chamada popularidade de Obama pelo mundo. Nesse sentido, o Nobel da Paz pretende aproveitar muito bem sua estada no Brasil.Enquanto o governador, Sérgio Cabral, reúne esforços em campanhas para que a população dê boas vindas e seja receptiva com o presidente, movimentos sociais se posicionam contrários à visita do chefe de Estado.
Em contrapartida ao recrutamento de pessoas para dar boas vindas ao presidente, diversos movimentos sociais resolveram para tornar público seu manifesto contra a visita de Obama no documento “Obama é persona non grata no país”.
Plenária
Cerca de 200 representantes do movimento social brasileiro se reuniram na noite desta quarta-feira (16), na sede do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio (Sindipetro-RJ), para programar protestos contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à capital carioca. Estiveram presentes lideranças do Cebrapaz, CUT, MST, UNE, Ubes, CTB, Conam, Unegro, entidades sindicais,entre outros.
As ações de repúdio contra o imperialismo norte-americano — debatidas durante a plenária — têm como marca a crítica contra a política de duas caras de Obama, que utiliza uma retórica demagógica de defesa da paz e dos direitos humanos, mas que na prática realiza uma política militarista e de intervenção contra países e povos soberanos.
Durante o encontro, foi criticada a escolha do governo da histórica Praça da Cinelândia para o discurso de Obama. Segundo a secretária estadual de Movimentos Sociais e Populares do PCdoB-RJ, Sônia Latge, o local faz parte da história dos movimentos sociais brasileiros na luta pela democracia, pela soberania nacional e em defesa de nossas riquezas e contra as investidas imperialistas.
“A Cinelândia sempre foi utilizada pelo povo brasileiro como palco das manifestações pela democracia e pela soberania nacional. O discurso de Obama representa uma espécie de apropriação indébita” afirmou Latge.
Para ela, o presidente norte-americano deve explicações ao mundo sobre os crimes impostos pelo seu país às nações – como é o caso do bloqueio a Cuba, a ingerência militar em Honduras, Panamá e Colômbia e as articulações para imposição de intervenções na Líbia. “Obama não tem nada a dizer ao povo brasileiro. Ele deve explicar ao mundo a política imperialista dos EUA”, afirmou Latge
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