Para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal no Bolsa Família, o Produto Interno Bruto (PIB) do País aumenta em R$ 1,44 e o recurso financeiro domiciliar se eleva em 2,25% (ou R$ 1,82), após percorrido todo o circuito de multiplicação de renda na economia. É o que conclui o estudo “Gastos com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Além do Bolsa Família, o estudo analisa, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006, o impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), ambos coordenados pelo MDS. No caso do BPC, para cada R$ 1 investido pelo Governo Federal, o PIB do País aumenta em R$ 1,38 e o recurso financeiro domiciliar eleva-se em 2,10% (ou R$ 1,79).
O Bolsa Família está presente em 12,7 milhões de lares e o BPC atende 3,4 milhões de idosos e pessoas com deficiência.
“Em geral, as transferências de renda elevam mais o PIB e a renda das famílias. As pessoas mais pobres tendem a consumir quase toda sua renda e a consomem com produtos de origem nacional”, explica o estudo, assinado por Jorge Abrahão, Joana Mostafa e Pedro Herculano. Segundo eles, o Bolsa Família e o BPC também contribuem para a queda da desigualdade.
A diretora de Avaliação da Secretaria de Gestão da Informação do MDS, Júnia Quiroga, chama a atenção para o debate sobre o estabelecimento de um círculo virtuoso que implica no potencial de multiplicação do gasto social governamental, tanto no que diz respeito ao PIB quanto à renda das famílias.
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