segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

APP ingressa na Justiça para anular PSS 2011

Via Blog do Esmael:


Lemos levará debate da educação para dentro da Assembleia.
O Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) informa no site oficial que ingressou na Justiça visando anular o sistema de inscrição e a classificação do Processo Seletivo Simplificado (PSS) de 2011.
Na última sexta-feira (28), centenas de professores protestaram em frente à Secretaria de Estado de Educação (SEED) contra falhas que ocorreram no sistema de classificação.
A direção da SEED, que recebeu os manifestantes, permanece irredutível em relação à reclamação dos trabalhadores na educação.
“Nós queremos que os erros sejam corrigidos e, caso não seja possível, queremos uma solução neste sentido. Vamos pedir a anulação do PSS 2011″, afirmou Marlei Fernandes, presidenta da APP-Sindicato.
A SEED atribui as falhas a supostos erros de professores na hora do preenchimento da inscrição, mas o Sindicato descarta essa versão do órgão governamental.
“O sistema é operado por pessoas, ser cartesiano neste quesito é inadmissível, porque senão isso vai prejudicar muitos educadores. Por isso estamos protestando e vamos continuar lutando para que a SEED tome providências neste caso”, disse o secretário da APP, José Lemos, que também é deputado estadual eleito pelo PT.

Compromissos assumidos pelo Governador Beto Richa

Olá caros leitores, o vídeo que segue abaixo é do tempo da campanha eleitoral de 2010, onde em um debate realizado pela APP Sindicatos o então candidato Beto Richa se compromete com pontos cruciais demandados pela entidade de representação.
Vale a pena assistir ao vídeo:

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PITACO:

Será mesmo que o governador eleito honrará em sua gestão os compromissos feitos na campanha?
Sei não ein... acho que os LARANJAS PODRES terão muito trabalho pela frente!!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A USP contra o Estado de Direito

Será esse um efeito neoliberal ou apenas a continuação da ditadura na Universidade?

Via Blog do Nassif:


Agora, em 2011, com a USP esvaziada pelas férias, o reitor determinou o “desligamento” de 271 servidores, sem consulta a superiores dos “desligados”.
Um estatuto que permanece intocado mesmo após o fim do regime militar e um reitor que tem buscado a qualquer custo levar a efeito um projeto privatizante estão conduzindo a USP ao caos.
Após declarar-se pelo financiamento privado e pela reordenação dos cursos segundo o mercado, o reitor vem instituindo o terror por intermédio de inquéritos administrativos apoiados em um instrumento da ditadura (dec. nº 52.906/1972), pelos quais pretende a eliminação de 24 alunos.
Quanto aos servidores, impôs, em 2010, a quebra da isonomia salarial, instituída desde 1991, e, para inibir o direito de greve, suspendeu o pagamento de salários, desrespeitando praxe institucionalizada há muito na USP.
Agora, em 2011, determinou o “desligamento” de 271 servidores, sem prévio aviso e sem consulta a diretores de unidades e superiores dos “desligados”.
Não houve avaliação de desempenho. Nenhum desses servidores possuía qualquer ocorrência negativa. As demissões atingiram técnicos na maioria com mais de 20 anos de serviços prestados à universidade.
O ato imotivado e, portanto, discriminatório, visou, unicamente, retaliar e aterrorizar o sindicato (Sintusp), principal obstáculo à privatização da USP desde a contestação aos decretos do governo Serra, em 2007. Mas o caso presente traz outras perversidades.
Todos os demitidos já se encontravam aposentados, a maioria em termos proporcionais.
Na verdade, foram incentivados a fazê-lo por comunicação interna da USP, divulgada após as decisões do STF (ADIs nº 1.721 e nº 1.770), definindo que a aposentadoria por tempo de contribuição não extingue o contrato de trabalho.
A dispensa efetivada afrontou o STF e configurou uma traição ao que fora ajustado, chegando-se mesmo a instituir um “Termo de Continuidade de Contrato em face da Aposentadoria Espontânea”.
Nem cabe tentar apoiar a iniciativa no art. 37, parágrafo 10, da Constituição, que prevê a impossibilidade de acumular provento de aposentadoria com remuneração de cargo público, pois esses servidores eram “celetistas”, ocupantes de empregos públicos, e suas aposentadorias advinham do Regime Geral da Previdência Social, e não de Regime Especial.
O ato não tem, igualmente, qualquer razão econômica e, ainda que tivesse, lhe faltaria base jurídica, pois, como definido pelo TST (caso Embraer), a dispensa coletiva de trabalhadores deve ser precedida de negociação com o sindicato.
Do ato à sorrelfa, com a USP esvaziada pelas férias, não se extrai qualquer fundamento de legalidade, sobressaindo a vontade do reitor de impor o terror a alguns dos líderes sindicais da categoria, próximos da aposentadoria, contrariando até mesmo parecer da procuradoria da universidade, que apontara a ilegalidade das demissões.
Assinale-se a magnitude do potencial dano econômico-moral à USP. A ação desumana de gerar sofrimento imerecido a servidores fere a imagem da universidade.
Sob o prisma econômico, a dispensa coletiva, de caráter discriminatório, traz o risco de enorme passivo judicial, pelas quase certas indenizações por danos morais que os servidores “desligados” poderão angariar a partir das decisões do STF e do TST e da forma como o “desligamento” se deu, sem contar reintegrações e salários retroativos.
Cumpre conduzir à administração da USP a noção de que “ninguém está acima da lei”, exigindo-se a revogação imediata dos “desligamentos” e o estabelecimento de uma Estatuinte à luz da Constituição de 1988, em respeito ao Estado democrático de Direito.”

Dilma compara vítimas do nazismo com as de ditaduras

Via Folha:


A presidente Dilma Rousseff comparou nesta quinta-feira as vítimas do nazismo a todos os perseguidos e mortos por “ditaduras e guerras injustas”.


A presidente, que foi torturada durante o regime militar no Brasil (1964-1985), se emocionou ao falar da importância do “exercício da memória” quando participou de evento em memória às vítimas do Holocausto em Porto Alegre.


“Lembrar Auschwitz-Birkenau é lembrar todas as vítimas de todas as guerras injustas, todas as ditaduras que tentaram calar seres humanos”, disse Dilma, com a voz embargada.

Em discurso no evento da Conib (Confederação Israelita do Brasil), a presidente afirmou que seu governo não irá “compactuar com nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país”.


Ela havia feito afirmação semelhante no final do ano passado em entrevista ao “The Washington Post”, ao ser perguntada sobre o apoio do governo Lula (2003-2010) ao Irã.


A presidente, que tenta fazer deslanchar em seu governo a Comissão da Verdade para examinar o período da ditadura, insistiu na importância da “memória”.


Segundo ela, “a memória é uma arma humana para impedir a repetição da barbárie”. Parte do discurso foi lido, mas Dilma também improvisou.


O evento de hoje foi a primeira visita oficial dela ao Rio Grande do Sul, Estado onde fez carreira política. O presidente Lula participou nos últimos seis anos do evento de 27 de janeiro, dia internacional em memória às vítimas do Holocausto.


A presidente afirmou ainda que o Holocausto “inaugurou uma época de violência industrializada”, com a “tortura científica”.


Antes de Dilma discursar, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, comparou as torturas sofridas por judeus durante a Segunda Guerra com aquelas que a presidente foi submetida na ditadura brasileira. “A senhora, presidente Dilma Rousseff, sabe melhor que todos o que significa ser torturada, [...] o que este tipo de agressão pode significar para alguém, por mais que sobreviva.”


Antes do evento, Lottenberg comentou o que chamou de mudança na política brasileira em relação ao Irã. Apesar de dizer que os ataques a Israel são do presidente do Irã, não dos iranianos, ele se disse “feliz em saber que a presidente [Dilma] tem posição diferente daquela que o presidente Lula manifestou no passado”.


Ministra quer saber se arquivos da ditadura foram destruídos

Via Blog da Dilma:


Maria do Rosário fala em investigar se papéis foram destruídos no governo FHC
A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, insinuou nesta quinta-feira que documentos oficiais sobre o período da ditadura militar podem ter sido destruídos durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A ministra rebateu declarações do ex-presidente, para quem os arquivos da ditadura já não existem mais.
“A primeira coisa que pretendo fazer é uma pergunta, respeitosamente, ao ex-presidente Fernando Henrique. Li nos jornais esta semana que o ex-presidente disse que não existem arquivos. Preciso saber exatamente se houve alguma destruição no período dele, que ele tenha tomado conhecimento”, afirmou Maria do Rosário. Ela participou da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, realizada em Porto Alegre, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
Na última terça (25), FHC disse ser a favor da abertura dos arquivos, mas que “não vão achar nada”. O ex-presidente afirmou que os militares teriam informado que não existem mais documentos. “Essa é a questão mais grave. Pode ser que descubram documentos. Mas, oficialmente, pode abrir à vontade que não vão achar nada”, afirmou FHC, que alegou ter assinado por engano o decreto que prolongou por 50 anos o sigilo sobre os arquivos.
Segundo Maria do Rosário, as declarações de FHC são relevantes. “Se ele como ex-presidente diz que não existem, é muito preocupante”, disse a ministra. Questionada pela reportagem do iG, ela negou estar cogitando a possibilidade de que os arquivos tenham sido destruídos. “Não cogito. Mas ao ouvir o ex-presidente, gostaria de saber porque ele fez um pronunciamento dizendo que não existem arquivos”, respondeu.
A ministra defendeu a quebra do sigilo sobre documentos da ditadura militar, “como forma de conciliação nacional”, e disse que não existem mais divisões internas no governo federal. “Não existem duas posições de governo. Os ministérios dos Direitos Humanos, da Defesa e da Justiça seguem a linha e a concepção da presidenta. Encerramos qualquer etapa de cisão. Vamos trabalhar juntos e encontrar soluções para os problemas nacionais”, completou.

Dilma anuncia 6 mil casas a vítimas das chuvas no Rio de Janeiro


A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27), em cerimônia no Palácio da Guanabara, a construção de 6 mil casas populares para as vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. No mesmo evento, empresários da construção civil anunciaram a doação de outras 2 mil casas para famílias afetadas pelas enchentes, que já mataram mais de 800 pessoas
As residências oferecidas por Dilma serão construídas com subsídio federal e terão as prestações de R$ 50 pagas pelo governo do Rio. A prestação é a mesma paga por famílias que ganham até três salários mínimos integrantes do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Além de pagar as prestações, o governo estadual ficará responsável pela doação do terreno e a construção da infraestrutura necessária, como saneamento básico.
“Para a região serrana, posto que os empresários estão colocando 2 mil casas, nós estamos colocando mais seis mil casas para atender essa emergência fora do conjunto do ‘Minha Casa, Minha Vida’, que é muito mais do que isso. Nós acrescentamos 6 mil casas para que essa população que perdeu o seu lar, o seu lugar de morar, tenha acesso o mais rápido possível a um novo lar”, disse a presidente.

Professores fazem primeiro protesto contra Beto Richa


A APP Sindicato, o sindicato dos professores e demais trabalhadores em educação, promoveu na manhã desta sexta-feira (28) uma mobilização em frente à Secretaria de Estado da Educação (SEED). O motivo da manifestação foi à confusão causada pela Secretaria no Processo de Seleção Simplificada (PSS), que visa à contratação de professores e funcionários temporários.
Ao todo, segundo a SEED, foram inscritos 438.654 professores. A Secretaria pretende contratar emergencial 30 mil professores pelo processo, mas anuncia que pretende eliminar essa modalidade de seleção.
Os professores alegam que houve falhas no sistema da Celepar que impossibilitaram o correto preenchimento da ficha de inscrição ocasionando problemas na classificação.
Outro problema foi o indeferimento da grande maioria dos recursos impetrados pelos candidatos. Dos 8.359 recursos protocolados, apenas 14 foram deferidos.
A SEED afirma que não aconteceu nenhum tipo de problema no sistema de seleção e que a causa mais provável para a confusão foi a “falta de atenção dos candidatos” na hora do preenchimento da ficha.
A APP diz que Secretaria da Educação está irredutível quanto à possibilidade desses educadores terem a oportunidade de corrigir os equívocos de responsabilidade do sistema.
O departamento jurídico do sindicato impetrou um mandado de segurança com o objetivo de reverter às injustiças causadas pelo processo de seleção.
O sindicato defende que o Estado, no mínimo, garanta a quem se inscreveu a oportunidade de corrigir as falhas na inscrição, pois no entendimento da entidade, os professores foram induzidos ao erro pelo sistema disponibilizado para efetuar a inscrição.
O fato é que o governo tucano começou muito mal com os educadores de Paraná, e a “chapa” promete esquentar ainda mais quando a categoria resolver cobrar as promessas de campanha feitas pelo governador Beto Richa.
Na campanha pelo governo do estado, o tucano prometeu dar um aumento de 27% aos professores da rede estadual de ensino.

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PITACO:
Ainda estamos no período que antecede ao ano letivo e a SEED já mostra qual será seu perfil durante a gestão Beto Richa: TRUCULENTA!
Acho que a turma dos LARANJAS PODRES terão muito trabalho pela frente!!

A bola entrou ou não entrou?

Saindo um pouco da rotina de postagens do blog, trago aos queridos leitores uma indagação: 

A bola no chute do Luis Fabiano entrou ou não entrou?

Acompanhe o vídeo a seguir:

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nota de apoio do PC do B e UJS/ Guarapuava aos moradores do Residencial 2000

PC do B  e UJS apoiam moradores do Residencial 2000

Os desmandos do prefeito de Guarapuava, Fernando Carli são cada vez mais visíveis em nossa cidade. O abandono de alguns bairros tem sido discutido pela imprensa e sentido na pele  pelos moradores do Xarquinho, Jardim das Américas, Alto da XV, Santa Cruz e dos distritos, que pela distância do centro da cidade sofrem mais ainda com o descaso.

Placas são colocadas anunciando obras que não existem. O alargamento da Rua XV de novembro é um exemplo, começou e não chegou até a população mais carente. Postos de saúde do Xarquinho não tem médico, e os que moram numa ocupação ao lado da Escola Total, não tem água encanada, nem luz elétrica.

Na educação, a reposição salarial dos professores não foi concretizada. O PAC 2 vai levar creches a vários municípios do Paraná e nossa cidade ficou de fora por não apresentar um projeto, apenas por falta de vontade política.

A sensibilidade não existe em nosso prefeito e nos vereadores da bancada de situação, pois questões como essa são imprescindíveis à qualidade de seres humanos. Os gastos desnecessários e um estilo imperial de governar, sem abertura com movimentos sociais e entidades civis são as maiores características do grupo que comanda o município nos últimos tempos.

As mobilizações são autenticas e nascem da carência de uma população que necessita de políticas públicas.

O Partido Comunista do Brasil e a União da Juventude Socialista repudiam as ações do Prefeito Fernando Carli (PP) e apoiam os moradores do Residencial 2000.

O Fórum Social Mundial 10 anos depois, por Emir Sader

Via Blog do Emir Sader:


Passada uma década, o mundo mudou. A crise econômica, nascida no centro do capitalismo, levou as maiores potencias à estagnação, da qual ainda não conseguem sair, enquanto os países do Sul do mundo, que privilegiam a integração regional e não os Tratados de Livre Comércio (TLCs) com os Estados Unidos, já a superaram e voltaram a crescer. O modelo neoliberal perdeu legitimidade, embora siga dominante, mesmo se com afirmações em contrário e com adequações.

Apesar disso tudo, por fraqueza de alternativas à esquerda, o mundo se tornou mais conservador ainda do que há uma década. Mesmo a vitória de Obama e o fim desprestigiado de Bush não alteraram essa tendência. A Europa de Merkel, Berlusconi, Sarkozy, Cameron, das agudas crises com os respectivos pacotes do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, Grécia, Irlanda, Portugal, virou ainda mais à direita.

Exceção

A grande exceção é a América Latina, não por acaso o continente da sede original do FSM. Nesses dez anos, concomitante à realização dos FSMs, o continente foi elegendo, um atrás do outro, presidentes com compromissos de construção de modelos alternativos ao neoliberalismo que derrotavam nas urnas. Nunca o continente teve tantos governos afinados entre si e na linha pós-neoliberal de prioridade dos processos de integração regional no lugar dos TLCs com os Estados Unidos e prioridade das políticas sociais no lugar dos ajustes fiscais.

No FSM anterior, em Belém, a presença mais significativa foi de cinco presidentes, todos latino-americanos, afirmando seu compromisso com a construção de um outro mundo possível. Todos marginais da política tradicional: um arcebispo ligado ao movimento camponês paraguaio, um dirigente indígena boliviano, um intelectual do pensamento crítico equatoriano, um líder militar nacionalista venezuelano, um líder sindical brasileiro.

Os cinco representam um movimento mais amplo – que inclui também a Argentina, o Uruguai, El Salvador – que constrói os únicos processos de integração – Mercosul, Unasul, Conselho Sulamericano de Defesa, Banco do Sul, Alba, União dos Povos Latinoamericanos – que fez com que esses países tenham avançado significativamente na sua recuperação econômica, na diminuição das desigualdades sociais, na extensão dos direitos sociais a toda sua população, na afirmação de política externas soberanas. A América Latina tornou-se a única região do mundo em que governos se identificam com o FSM e avançam na superação do neoliberalismo.

Direitos

Propostas do FSM conquistaram espaços nesta década, entre as quais talvez nenhuma como o software livre, como instrumento do direito universal à comunicação. Alguns governos adotaram modalidades de regulação sobre a livre circulação do capital financeiro. A recuperação dos recursos naturais privatizados – entre eles a água – foi realizada por governos latino-americanos. A ideia de que o essencial não tem preço, generalizando direitos a todos, tem sido igualmente praticada por governos pós-neoliberais na América Latina.

Mas, infelizmente, a crise econômica geral não foi capitalizada por alternativas progressistas em outras regiões – especialmente na Europa. Outros temas do FSM tampouco conseguiram avanços, por falta de forças políticas, com arraigo popular e capacidade de liderança, que pudessem transformá-las em políticas concretas.

Onde isso foi possível, onde se deram avanços reais na construção do outro mundo possível, foi quando a força social – de massas – e ideológica – de propostas – conseguiu se transformar em força política concreta, disputar o poder do Estado e, a partir daí, colocar em prática governos de superação do neoliberalismo. Em distintos graus, isso se está dando na Bolívia, no Brasil, na Argentina, na Venezuela, no Uruguai, no Equador. Porque implementam medidas que superem o neoliberalismo, como a recuperação da capacidade do Estado para induzir o crescimento econômico, para garantir e estender direitos sociais, para defender a soberania nacional, para regular a circulação do capital financeiro, entre outras medidas.

Pós-neoliberalismo

Por isso o outro mundo possível, que tem necessariamente que transcender da esfera social para a politica, encontra nos governos pós-neoliberais da América Latina seus pontos mais avançados. Enquanto que forças que permanecem auto-recluídas na resistência social, se enfraqueceram, perderam transcendência ou até mesmo desapareceram, sem conseguir colocar em prática concretamente formas de superação do neoliberalismo.

O FSM do Senegal se dá nesse marco politico geral. No anterior, há dois anos, predominou uma certa euforia ingênua e espontaneísta, de que o neoliberalismo – e até mesmo o capitalismo – estariam chegando ao seu final. Estes dois anos reforçaram o argumento de que, sem construção de forças politicas capazes de dirigir processos concretos, que passam pelos Estados – os existentes ou os refundados -, não haverá avanços ou pode até mesmo acontecer retrocessos. 

O outro mundo possível está sendo construído concretamente na América Latina, mediante diferentes modalidades de governos pós-neoliberais , que devem consistir na referência mais rica – nas suas realizações, no seu potencial e também nos seus impasses – para avançar nos ideais que o FSM representou há 10 anos. Mas que, se não superar ele mesmo os limites que se autoimpôs, ameaça seguir girando em falso, dissociado dos processos realmente existentes de construção do outro mundo possível.


Dilma se reúne com as Mães da Praça de Maio durante viagem à Argentina


Via Agência Telam:
Em sua visita à Argentina, a presidenta Dilma Rousseff se reúne, na segunda-feira (31), com o grupo de mulheres chamado de as Mães (e Avós) da Praça de Maio. O encontro foi confirmado pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. As mães e avós argentinas se tornaram famosas pela luta em favor da punição dos envolvidos na ditadura (1976 a 1983) e na busca pelos filhos e netos desaparecidos no período.

Garcia disse que o encontro foi agendado a pedido de Dilma. “[A presidenta] tem uma grande sensibilidade para questões relativas aos direitos humanos”, afirmou o assessor. “[Essa iniciativa da presidenta em receber essas senhoras] valoriza muito essa luta emblemática que essas senhoras têm na história política recente da Argentina”, disse ele.
Porém, Garcia afirmou que, por falta de tempo, Dilma não poderá visitar o Museu da Memória Aberta, construído na área onde funcionou a Escola de Mecânica Armada da Marinha (ESMA) – no local havia um dos principais centros de tortura da Argentina.
Dilma visita a Argentina, na sua primeira viagem ao exterior, acompanhada pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da Defesa, Nelson Jobim, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
A presidenta chega a Buenos Aires, no domingo (30), por volta das 18h30. Na segunda-feira, Dilma cumprirá uma intenso dia de compromissos. Pela manhã, ela se reúne com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, em seguida haverá uma reunião ampliada com ministros argentinos e brasileiros. Acordos em várias áreas serão firmados.

Desocupação fica em 5,3% em dezembro e fecha 2010 numa média de 6,7%


Notícia divulgada pelo IBGE:


A taxa de desocupação foi estimada em 5,3% em dezembro de 2010, a menor da série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em março de 2002, ficando 0,4 ponto percentual abaixo da registrada em novembro (5,7%). No confronto com dezembro de 2009 (6,8%), a taxa recuou 1,5 ponto percentual. Com esse resultado, na média dos 12 meses de 2010, a taxa de desocupação ficou em 6,7%, também a menor da série histórica, 1,4 ponto percentual abaixo da média de 2009 (8,1%) e 5,7 pontos percentuais abaixo da média de 2003 (12,4%).

O contingente de desocupados em dezembro de 2010 (1,3 milhão de pessoas) teve quedas tanto em relação a novembro (-8,0%) quanto a dezembro de 2009 (-21,4%). No ano de 2010, os desocupados somaram, em média, 1,6 milhão de pessoas, 15,0% a menos que em 2009 e 39,0% a menos que em 2003.

A população ocupada em dezembro de 2010 (22,5 milhões de pessoas) não variou na comparação mensal e cresceu 2,9% no confronto com dezembro de 2009. Na média de 2010, os ocupados somaram 22,0 milhões de pessoas, um contingente 3,5% maior que o de 2009 e 18,9% superior a 2003.

O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado em dezembro de 2010 (10,5 milhões) ficou estável em relação a novembro e cresceu 8,1% frente a dezembro de 2009. Esses resultados levaram, na média de 2010, a um recorde na proporção de trabalhadores com carteira (10,2 milhões de pessoas) em relação ao total de ocupados: 46,3%, frente a 44,7% em 2009 e 39,7% em 2003.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores em dezembro de 2010 (R$ 1.515,10) apresentou recuo de 0,7% na comparação mensal e aumentou 5,9% frente a dezembro de 2009. O ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal habitual desde 2003, R$ 1.490,61, o que representou um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19,0% em relação a 2003.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 34,5 bilhões), referente a dezembro de 2010, ficou 0,5% menor do que a de novembro, mas cresceu 9,4% frente a dezembro de 2009. Já a massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 35,9 bilhões), referente a novembro de 2010, cresceu tanto frente a outubro (3,7%) quanto a novembro de 2009 (7,1%). No ano de 2010, a média da massa de rendimento real mensal habitual (R$ 33,2 bilhões) aumentou 7,5% em relação a 2009 e 41,1% na comparação com 2003.

Para realizar a PME, mensalmente, cerca de 400 servidores do IBGE visitam aproximadamente 44 mil domicílios em seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Os resultados de dezembro de 2010 (apresentados em separado na parte final deste texto) confirmam que as transformações que vinham ocorrendo no mercado de trabalho nos últimos anos evoluíram positivamente em todas as regiões metropolitanas investigadas e de forma mais intensa no ano passado.


Em 2010, população desocupada caiu 15,0%

Em 2010, foi registrado um contingente médio de 1,6 milhão de pessoas desocupadas, 15,0% inferior à média de 2009 (1,9 milhão de pessoas), retomando a tendência de queda, após o crescimento de 3,3% entre 2008 e 2009. Em relação a 2003 (2,6 milhões de desocupados), houve redução de 39,0% no número de pessoas nessa situação (menos aproximadamente 1 milhão de pessoas).

A taxa de desocupação de 2010 (média de janeiro a dezembro) foi estimada em 6,7%, 1,4 ponto percentual abaixo da observada em 2009 (8,1%). Na comparação com 2003, quando a taxa foi estimada em 12,4%, a redução foi de 5,7 pontos percentuais.

QUEM DIRIA ALVARO DIAS...

Por incrível que pareça saiu na Veja:


Senador tucano Álvaro Dias joga imagem pela janela ao embolsar aposentadoria absurda e pedir 1,6 milhão de “atrasados”

Álvaro Dias: pedido de aposentadoria de magníficos 24.800 reais mensais como ex-governador do Paraná
Oito anos com sua poderosa voz de locutor trovejando contra os desmandos do governo Lula da tribuna do Senado, em boa parte do tempo como líder do PSDB, meses a fio com críticas quase diárias à campanha eleitoral da atual presidente Dilma Rousseff, procurado com ansiedade pelas câmeras da TV Globo sempre que uma palavra da oposição precisava ser colocada no ar, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) está jogando pela janela uma imagem cuidadosamente polida.
Refiro-me ao fato de Dias ter-se ingloriamente incluído na lista de espertalhões que, a despeito de terem situação econômica privilegiada e, em muitos casos, ainda exercerem cargos públicos remunerados, aproveitam-se de brechas na Constituição de 1988 e deliciam-se mamando nos recursos dos Tesouros de seus Estados, embolsando gordas aposentadorias por terem sido governadores.
APOSENTADORIA NA MOITA E ATRASADOS DE 20 ANOS
Dias, na moita, pediu em outubro passado uma aposentadoria que lhe rende apetitosos, magníficos 24.800 reais como ex-governador do Paraná no remotíssimo período de 1987 a 1991. Quer dizer, ele deixou o Palácio Iguaçu, no qual passou 4 anos, há duas décadas, mas quer vida boa às custas do contribuinte até morrer. Sem contar, é claro, que embolsa do Tesouro Nacional 26.700 reais mensais como senador da República.
Isso, porém, não é tudo: o senador também requereu do sofrido Tesouro do Paraná 1,6 milhão de reais de “atrasados” relativos a esses 20 anos. Estranhíssimo considerar “atrasados”, como se o governo do Paraná não houvesse pago, recursos que não recebia antes porque não solicitou. Não se sabe que cálculos foram feitos para se chegar a esse 1,6 milhão, já que, multiplicado por 20 anos — e com 13º salário –, a aposentadoria acumulada pelo senador, em valores de hoje, superaria os 6 milhões de reais.
De todo modo, o senador tucano perdeu toda a moral para fazer dos gastos públicos do governo federal seu cavalo de batalha. Não sei onde vai enfiar a cara, quando voltar a ocupar seu lugar no plenário do Senado.
O caso dos “atrasados” está sendo analisado pela Procuradoria-Geral do Estado. E a Ordem dos Advogados do Brasil pretende contestar no Supremo Tribunal todas as aposentadorias de ex-governadores — os ex-presidentes da República, diferentemente do que ocorre em quase todo o mundo, não recebem aposentadoria.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Folha de SP perde a liderança em circulação

Via Blog do Miro:




Depois de 24 anos de hegemonia absoluta, o jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país. A informação, que deve ter tirado o sono da famiglia Frias e de alguns dos seus “calunistas” de plantão, foi divulgada na coluna “Em pauta”, do boletim Meio & Mensagem desta segunda-feira (24).

Segundo explica, ainda faltam alguns dados relativos a dezembro para que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) feche seu balanço com o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. Mas, nos números já finalizados, a principal novidade é a perda de liderança da Folha, que era o diário de maior circulação no país desde 1986.

Crescimento dos jornais “populares”

Embora já tivesse perdido a liderança em alguns meses, esta foi a primeira vez que o jornal sucumbiu no consolidado de um ano. O topo do ranking em 2010 foi do Super Notícia, título popular de Belo Horizonte. Enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo média de 295 mil.

Meio & Mensagem publicou o ranking dos dez jornais de maior circulação em 2010 e suas respectivas médias por edição:

1º) Super Notícia: 295.701;

2º) Folha de S. Paulo: 294.498;

3º) O Globo: 262.435;

4º) Extra: 238.236;

5º) O Estado de S. Paulo: 236.369;

6º) Zero Hora: 184.663;

7º) Meia Hora: 157.654;

8º) Correio do Povo: 157.409;

9º) Diário Gaúcho: 150.744;

10º) Lance: 94.683.

Algumas razões do declínio

O declínio da Folha, que é consistente há vários anos – o jornal já chegou a ter um milhão de exemplares nas edições de domingo nos anos 1980 –, tem várias causas. A principal, que afeta toda a mídia impressa, no Brasil e no mundo, é o forte crescimento da internet, que permite maior volume de informações e maior interatividade e retira leitores dos jornalões tradicionais.

Fruto do florescimento desta nova mídia também houve a multiplicação, no mundo inteiro, dos jornais gratuitos e “populares”, a preços mais acessíveis. Os próprios monopólios midiáticos têm investindo neste novo filão para compensar a perda de leitores nos diários decadentes. São estes títulos “populares” que hoje explicam o tímido aumento da circulação de jornais no país.

Há ainda a perda de credibilidade da velha mídia. O sociólogo Emir Sader fala em “crise de moral” e o jornalista Pascual Serrano, em “crise de identidade”. A Folha, com seu falso ecletismo, engole seu próprio veneno. Ao qualificar a ditadura brasileira de “ditabranda” ou publicar uma ficha policial fajuta de Dilma Rousseff, ela é descartada por seus leitores mais críticos. Azar dela!

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.